segunda-feira, 9 de novembro de 2009

C-A-M-I-S-E-TA

O pé da Melancia sendo um blog de duas estudantes de Publicidade e Propaganda com o objetivo de ingressar no cybermundo da moda, não poderia começar por outra peça de roupa. Camiseta é o meio de comunicação mais fashion que já inventaram. Todo mundo tem pelo menos uma. Não se trata apenas de uma roupinha: camiseta é expressão! Diz pro mundo quem você é ou como você está e nem precisa ter estampa, cores ou coisas escritas.

Dia desses voltando da faculdade no 609, observei que metade das 500 pessoas penduradas espremidas e suadas usavam camisetas. Fiquei curiosa e com a ajuda do Google, descobri umas coisas bem legais a respeito da história das T-shirts.

Tudo começou na época em que o arco-íris era preto e branco lá na Constantinopla. A galera usava umas túnicas (Camisias) duplas feitas de linho por baixo das roupas assim tipo cueca e calcinha e serviam pra não suar a roupa de cima que eram cheias dos ouros e por isso não poderiam ser lavadas.

Em 1500 e pouco, Michelangelo lançando a moda do séc. XXI terminou a estátua “O Escravo Moribundo”, que vestia, ou melhor, tirava uma camiseta regata. O resto a estátua já tinha tirado antes. A moda não pegou. Imagine, camiseta regata era atentado ao pudor.

Inventaram as ceroulas, cortaram as camisetas mas até o inicio do século 20 as camisetas eram roupa de baixo masculina e existiam só na Europa. Apenas trabalhadores braçais eram visto usando apenas camisetas.

Na 1ª Guerra Mundial os soldados americanos gostaram do conforto e levaram a camiseta pros Estados Unidos. Surgiu o nome T-shirt. Na segunda Guerra as pessoas acostumaram a ver fotos de soldados só de camiseta, mas elas ainda eram peças íntimas.

Até que um dia Marlon Brando arrasa no filme “Um Bonde Chamado Desejo” usando uma camiseta sedução, coladinha que ressaltava os músculos.

Desse dia em diante a camiseta vira roupa de cima (viu só o poder da mídia?). Seguindo o mesmo caminho James Dean aparece de camiseta em “Juventude Transviada” pra queimar o filme das T-shirts com os mais velhos. Camiseta vira sinônimo de rebeldia e contestação. Os Hippies (inclusive as mulheres) confirmam essa idéia e usam as camisetas escritas, “Não faça guerra, faça amor”.

Pronto, virou mídia e unissex. Daí pra frente as camisetas passaram a ser meio de expressão, suporte de propagandas, símbolo de poder quando com estampas de grifes e passa a ser usada por qualquer segmento da sociedade, sem comprometimento com causas, ideologias ou faixa etária. Hoje são peças indispensáveis! As regras não existem mais, customização é a tendência! São peças tão democráticas que fazem até as mais diversas campanhas políticas, igrejas e times terem algo em comum.